CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS

A avaliação e aprovação dos projectos propostos para residência segue critérios específicos que variam de acordo com área de trabalho definida, os objectivos do artista e da equipa curatorial, e do próprio programa da PENSÃO. Esses critérios baseiam-se principalmente:

Clareza, relevância e originalidade
O projecto deve ser bem estruturado, com um conceito claro e relevante. A ideia ou proposta artística deve ser original e inovadora, de preferência com uma nova perspectiva ou abordagem criativa.
Objectivos bem definidos
O candidato deve deixar claro quais os objectivos que pretende alcançar com o projecto, como por exemplo experimentações artísticas, aprimoramento de abordagens ou técnicas, exploração de novas ideias e/ou materiais, aprofundamento de projectos já iniciados ou novas séries de obras. No caso de trabalhos teóricos, como ensaios escritos ou artigos (científicos e não científicos), o autor deve deixar claro os objectivos e o contributo para a área de pesquisa em questão.

Potencial de exploração e experimentação
São valorizadas propostas que demonstrem um alto nível de exploração e experimentação de novas ideias, formatos, técnicas e materiais. A proposta deve revelar o interesse do artista/designer por explorar novas abordagens, desafiar barreiras intelectuais e criativas, e expandir os seus limites artísticos.

Adequação da proposta
O projecto deve estar alinhado com os objectivos da residência artística, nomeadamente com a abordagem autónoma, experimental, transdisciplinar e colaborativa do programa, assim como com os objectivos, programas e linhas curatoriais das instituições envolvidas.

Viabilidade e planeamento
Será determinante demonstrar a viabilidade do plano de trabalhos, com a definição clara da estratégia, recursos e organização das tarefas no tempo definido para a residência. O candidato deve apresentar uma cronologia do processo de trabalho, com os espaços e materiais necessários, e explicar como pretende lidar com os desafios que possam surgir.
Impacto potencial da residência
A proposta deve indicar como é que o projecto em residência pode contribuir para o crescimento artístico e intelectual do autor, do curador e do público, seja por meio de uma exposição, conversa, conferência, workshop, performance ou outra forma de envolvimento. Será valorizada a troca de experiência entre os artistas residentes e a comunidade.
Adequação ao contexto da residência
A PENSÃO tem uma estrutura flexível na qual o artista/designer terá de definir a sua área de produção e actuação (física e digital). Este deve ter em consideração esta particularidade e mostrar como pretende integrar-se no ambiente e explorar o contexto da residência, nomeadamente através da definição e ajustamento dos espaços de trabalho e expositivos, recursos, técnicas e materiais.
Autonomia e compromisso
O candidato terá de demonstrar que será capaz de trabalhar de forma independente, aproveitando ao máximo o período de residência, e assegurar que terá uma abordagem comprometida e disciplinada para a realização do projecto.

Currículo e portefólio
Será considerado o histórico de projectos do candidato, nomeadamente o portefólio de trabalhos anteriores, para que a equipa de mediação possa assegurar que este tem experiência e habilidades necessárias para o desenvolvimento do projecto e para o seu proveito da residência. Embora não seja uma exigência absoluta, esta experiência prévia ou a qualidade da produção de projectos anteriores pode ajudar a fortalecer a proposta.

Sustentabilidade e impacto futuro
Embora não seja um factor determinante, será importante reflectir sobre o potencial do projecto proposto continuar após o fim da residência, ou seja, se será desenhado para permitir a sua continuidade através de uma série de obras, exposições, publicação ou outra forma de disseminação, para além da apresentação na plataforma PENSÃO.